Workshop Oportunidade do Mercado de Carbono: Tecnologia, Sustentabilidade e Lucratividade

Guilherme Ferrauto, da MyCarbon, explica como funciona o Mercado Internacional de Carbono

A Associação Baiana de Pecuária (Acrioeste) e o Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras (SPRB), com o apoio do Sistema Senar/Faeb realizaram na tarde de ontem, 25, na sede do SPRB, o Workshop Oportunidade do Mercado de Carbono: Tecnologia, Sustentabilidade e Lucratividade. A apresentação aos presentes ficou a cargo de Guilherme Ferrauto, representante da Mycarbon do Grupo Minerva Foods.

O mercado de carbono teve início com a criação da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (UNFCCC) durante a ECO-92 no Rio de Janeiro, com o objetivo de estabilizar a concentração de gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera.

O Protocolo de Quioto, criado em 1997 durante a Conferência das Partes (COP 3), entrou em vigor em 2004 após a ratificação da Rússia. Os países signatários, que correspondiam por 55% das emissões globais de GEE, assumiram compromissos rígidos para reduzi-las.

Os compromissos permitiram a criação de mecanismos de mercado para a comercialização de créditos de carbono. Assim, seria possível países em desenvolvimento e o setor privado contribuírem com os países membros para atingirem suas metas.

Os créditos de carbono são a moeda de comercialização e para cada tonelada de dióxido de carbono equivalente (CO2e) que é absorvido ou deixa de ser emitido, um crédito é gerado.

O CO2e é uma unidade que converte o potencial de aquecimento global de outros gases de efeito estufa, como o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O), o ozônio (O3) e os clorofluorcarbonos (CFCs) em função do CO2. Dessa forma é possível realizar comparações do potencial impacto climático de diferentes gases com base no CO2.

O mercado de carbono regulado é um sistema em nível regional, nacional e internacional, que por meio de um marco regulatório estabelece um limite máximo para emissões de GEE.

Os agentes que emitem GEE abaixo do limite estabelecido podem comercializar seus direitos de emissão com aqueles que ultrapassam o limite. A nível internacional vigora o Acordo de Paris, assinado em 2015 durante a COP 21, com as metas estabelecidas para cada país.

Após anos de espera, durante a COP 26, em novembro de 2021, o “livro de regras” do Acordo de Paris foi finalizado com definições importantes para as negociações internacionais de créditos de carbono.

Wagner Barbosa Pamplona concede entrevista a Joven Pan

Segundo Wagner Barbosa Pamplona, presidente da Acrioeste, o Workshop foi um momento para pensar e refletir sobre o que queremos deixar para nossos descentes. “Precisamos estar focados na preservação e na sustentabilidade e quando surge essa possibilidade de trabalharmos esses eixos e termos a chance de sermos remunerados por isso, tudo fica mais atrativo”, disse Wagner, ressaltando que o Mercado de Carbono tem ação direta na sustentabilidade, preservação e lucratividade de uma propriedade rural.

Foi uma tarde de excelentes esclarecimentos sobre o Mercado Mundial de Carbono voltados ao homem do campo e aos seus empreendimentos.

David Schmidt, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras

Guilherme Ferrauto, da MyCarbon, empresa da Minerva Foods

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