Santa Rita de Cássia registra maior rebanho bovino do Oeste da Bahia, segundo dados do IBGE

Fonte FAEB

De 2021 para 2022, seis dos oito rebanhos investigados na Bahia PPM mostraram crescimento de efetivos. Dentre estes, o de bovinos aumentou pelo segundo ano consecutivo, atingindo o maior contingente da série histórica, quebrando um recorde que perdurava desde 1992. O plantel desses animais na Bahia aumentou de 11,8 milhões para 12,5 milhões (+6,6%). O aumento no número de bovinos em 2022 foi o segundo consecutivo no estado. Com o resultado positivo, a Bahia manteve o 7º maior efetivo do país, respondendo por 5,3% do total nacional, que foi de 234,4 milhões de cabeças (+4,3% frente a 2021).

Além disso, todos os quatro produtos de origem animal acompanhados pela pesquisa no estado tiveram aumentos quantitativos entre 2021 e 2022; e as produções de leite e ovos de galinha bateram novos recordes. Com isso, o valor total da produção animal na Bahia avançou de forma significativa entre 2021 e 2022, saindo de R$ 2,7 bilhões para R$ 3,2 bilhões, um crescimento de 17%, ou mais R$ 466,2 milhões em um ano. O montante gerado pelos produtos da pecuária baiana em 2022 foi o maior nos 28 anos de vigência do Real (desde 1994), com todos os quatro produtos tendo altas.

Tanto em 2021, quanto em 2022, Itamaraju (187,8 mil animais), Itanhém (168,0 mil) e Itarantim (164,5 mil) foram as cidades com os maiores rebanhos bovinos da Bahia. De um ano para o outro, Santa Rita de Cássia teve o maior aumento no número de bovinos no estado, 15,5%, de 128,8 mil para 148,7 mil cabeças. A cidade passou do 9º para o 4º maior plantel de bovinos da Bahia, no ano passado. Em se tratando da caprinovinocultura, entre 2021 e 2022, a Bahia teve os maiores crescimentos absolutos do país nos efetivos de caprinos (mais 306,5 mil bodes, cabras e cabritos, um acréscimo de 9%) e ovinos (mais 412,5 mil ovelhas, carneiros e borregos, ou seja, 9,7% a mais). Ambos voltaram a aumentar após terem diminuído entre 2020 e 2021.

Com os resultados positivos, a Bahia manteve a sua posição de líder nacional nesses dois rebanhos de médio porte, com 3,7 milhões de caprinos e 4,7 milhões de ovinos em 2022. O estado respondia por 30,1% do rebanho brasileiro de caprinos, de 12,4 milhões de animais, e por 21,7% dos 21,5 milhões de ovinos do país. Entre 2021 e 2022, o plantel de galináceos no estado diminuiu pela primeira vez após três anos seguidos de resultados positivos.

De um ano para o outro, o número de animais caiu 1,2%, de 50,2 milhões, recorde histórico, para 49,7 milhões, o que representou menos 606,1 mil cabeças em um ano. O suíno também teve uma leve redução, de 0,4%, perdendo 3,7 mil cabeças em um ano e chegando a 989 mil. A maior retração, porém, veio do efetivo de galináceos (grupo que engloba frangos para corte e galinhas poedeiras). Entre 2021 e 2022, a produção de ovos de galinha na Bahia cresceu pelo 3º ano consecutivo. No ano passado, foram produzidas 121 milhões de dúzias de ovos, recorde para o estado desde o início da série histórica da PPM, em 1974. Frente ao ano anterior, a Bahia apresentou aumento de 2,5% ou mais 2,9 milhões de dúzias. Os principais municípios produtores de ovos de galinha no estado, em 2022, foram Eunápolis (23,2 milhões de dúzias), Barreiras (14,5 milhões de dúzias) e Entre Rios (10,1 milhões de dúzias).

Em comparação a 2021, Eunápolis teve o maior aumento absoluto na produção de ovos, de 20,2 milhões para 23,2 milhões de dúzias (+14,9%). A Bahia é o 11º maior produtor de ovos de galinha no Brasil, respondendo por 2,5% das 4,9 bilhões de dúzias produzidas no País em 2022. Entre 2021 e 2022, a produção baiana de leite cresceu pelo segundo ano, tendo aumento de 6,3% e chegando ao recorde de aproximadamente 1,3 bilhão de litros. Junto ao aumento de produção baiana de leite, também houve crescimento no valor da produção, que chegou a R$ 2,4 bilhões, 16,1% a mais do que em 2021. Já a produtividade do leite caiu pela segunda vez consecutiva no estado. Foi de 1,32 mil litros por vaca ordenhada, frente a 1,33 mil litros em 2021, em variação de -0,7% no período.

Houve um aumento percentual maior no total de vacas ordenhadas (+7,1%, indo a 967.254) do que na produção leiteira (+6,3%). Após forte queda de 2020 para 2021, a produção baiana de mel voltou a crescer entre 2021 e 2022, passando de 4,6 mil toneladas para 4,9 mil toneladas (+7%). Assim, a Bahia manteve o 5º lugar entre os maiores produtores do país, representando 8,1% do total nacional, que foi de 61 mil toneladas em 2022 (9,5% a mais que em 2021). Com o aumento da produção, o valor do mel na Bahia também cresceu entre 2021 e 2022 (+7,4%), indo a R$ 64,8 milhões.

Entre 2021 e 2022, a aquicultura na Bahia teve redução do seu valor da produção

(-5,8%), após três anos em alta, passando de R$ 194,8 milhões para R$ 183,4 milhões. A queda foi puxada pela tilápia, que, desde o início da série histórica da aquicultura na PPM, em 2013, liderava essa produção no estado. Em um ano, a produção de tilápia teve uma forte queda (-35,3%), de 12,5 mil toneladas em 2021 para 8,1 mil toneladas em 2022. A retração de 4,4 mil toneladas foi a maior do país, e a Bahia caiu do 7º para o 8º lugar entre os maiores produtores.

  • Compartilhe:

© Copyright - Todos os direitos reservados - Acrioeste 2024