Saiba quais os cuidados especiais no transporte de vacas paridas

Fonte Giro do Boi

“O mercado está aquecido, os confinamentos estão começando a encher e o pessoal já está movimentando gado”, confirmou em entrevista ao quadro Giro na Estrada desta sexta, dia 30, o supervisor regional da JBS Transportadora Pablo Almeida.

Conforme destacou Almeida, esta etapa da produção de gado de corte, o transporte boiadeiro, está chamando cada vez mais atenção dos produtores de olho no bem-estar como trampolim para a produtividade.

“O pecuarista está a cada dia buscando mais qualidade no transporte. Ele está sempre se preocupando com bem-estar animal, que consequentemente acaba sendo o nosso foco: treinar, capacitar o nosso time fazer um transporte de qualidade para o pecuarista, garantir para ele que a gente vai pegar e trazer a reposição para ele com qualidade. Essa hoje é uma preocupação dele, então ele está buscando a dedo quem presta esse serviço”, afirmou.

Em sua participação no Giro do Boi, Pablo destacou quais são os cuidados para o transporte de uma categoria específica de animais, a das vacas paridas.

“A gente fala sempre sobre o pré-embarque. A gente sempre aconselha o pecuarista a fazer o manejo dos animais no dia anterior ao embarque, deixar os animais mais próximos do curral o possível para, no dia do embarque, correr tudo tranquilo, sem estresse para os animais”, salientou.

Almeida usou como exemplo um transporte recentemente feito pela companhia de cinco mil vacas paridas com cinco mil bezerros ao pé. “A gente finalizou semana passada este transporte e foi um sucesso. […] A gente saiu da região de São Miguel do Araguaia para a região de Posse (dentro do estado de Goiás), que vai dar uma distância de mil quilômetros”, informou.

Almeida explicou que em transportes desta categoria, o conjunto (vaca e bezerro) nunca viagem no mesmo compartimento para evitar lesões, sendo o ideal o produtor fazer a desmama antes do transporte.

“Eles nunca vão no mesmo compartimento, até mesmo pelo porte dos animais. Os bezerros são animais menores, então a gente sempre aconselha isso. No caso, se o pecuarista não quiser desmamar antes, a gente ou coloca em outro caminhão, que segue viagem junto ao caminhão das matrizes… Mas nunca coloca no mesmo compartimento para evitar fratura, evitar contusão do animal menor e ter um transporte de qualidade. É uma categoria muito sensível”, justificou.

“No caso desse transporte, foram cinco mil matrizes e cinco mil bezerros, então seriam dez mil cabeças, e foi um cenário de desmama. Então foi feita a desmama no dia anterior, o criador apartou os animais, a gente levou as vacas e os bezerros também, mas nunca no mesmo compartimento. 100% dos animais desceram normais, o pecuarista ficou satisfeito e foi um sucesso”, celebrou o supervisor.

Além dos cuidados gerais com os animais da categoria, Pablo ressaltou o trabalho da companhia para assegurar o bem-estar dos animais e equipe envolvida em uma operação como esta. “Nós acompanhamos de ponta a ponta, tinha equipe nossa acompanhando no embarque, tinha equipe no desembarque, fizemos toda uma logística, em que foi feita a troca de motorista no meio do caminho. Com isso a gente reduziu o trajeto em dez a 12 horas para entregar os animais nesse raio longo, com eles chegando 100%. Foi um sucesso a operação”, reforçou.

“Quando o negócio é acompanhado de perto e tem profissionalismo e qualidade, a chance de erro é muito pequena, quase zero”, frisou.

Ainda em sua participação, Pablo observou que o produtor pode contar com este serviço entrando em contato com a unidade Friboi mais próxima, mas tem também à disposição o aplicativo Uboi para que toda a transação ocorra de modo online. “Está a todo vapor o Uboi. Para os pecuaristas, a gente sugere que baixem o aplicativo, façam seus cadastros e nos procurem também pelo app porque é algo que virou um sucesso no Brasil”, disse.

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