Pecuária bota o pé no acelerador e vendas de sêmen crescem 47% no semestre

Fonte Giro do Boi

O pecuarista respondeu ao chamado de um ano desafiador e não tirou o pé do acelerador no que diz respeito à adoção de tecnologias. Uma das evidências foi o desempenho do mercado de genética no Brasil, que observou crescimento significativo no primeiro semestre de 2020, conforme divulgou recentemente a Asbia – Associação Brasileira de Inseminação Artificial.

Nesta segunda, 17, em depoimento exclusivo ao Giro do Boi, presidente da Asbia e diretor-geral da ABS Pecplan, Márcio Nery Magalhães Júnior, resumiu os últimos números divulgados no Index Asbia – 1º semestre / 2020.

“Sempre bom trazer boas notícias neste momento. Em nosso último encontro, nós falamos que a expectativa era muito boa para o segundo trimestre, formando o primeiro semestre de 2020. E os números eram esperados, mas não deixam de ser surpreendentes. Nós tivemos 31% de crescimento do mercado de inseminação artificial no Brasil, chegamos a quase nove milhões de doses no primeiro semestre deste ano. Ao cliente final, nosso consumidor final dentro do Brasil, o crescimento foi de 33%, mais de oito milhões de doses”, anunciou Nery.

O presidente da Asbia destacou a evolução específica do segmento corte. “Um crescimento robusto no corte, de 47% nas vendas de genética. O leite cresceu de 4% para 10% – estava crescendo em 4%, passou para 10% no semestre. Os números são realmente fantásticos. Cresce em exportação, cresce venda de botijões, todos os indicadores crescem”, celebrou.

Além do crescimento vertical das vendas de sêmen, Nery comemorou a penetração da genética em cada vez mais municípios do Brasil. “Pelo Index Asbia municipalizado, nós conseguimos perceber que estamos presentes em 70% dos municípios do Brasil”, confirmou o executivo. “Um crescimento expressivo face aos 57% registrados no INDEX Asbia referente ao primeiro trimestre”, divulgou a associação em um comunicado oficial.

A partir do cenário do primeiro semestre, Nery estimou que o país possa encerrar 2020 alcançando a comercialização de quase 25 milhões de doses de sêmen. “Com estes números, a gente consegue antecipar a você que a nossa expectativa é de terminar 2020 acima de 24 milhões de doses de sêmen comercializadas no Brasil”, projetou.

Nery elencou ainda algumas das razões pela qual o produtor ‘despertou’ para a importância do uso da genética avançada em seu rebanho. “Você me permita eu seguir com meu mantra, porque o pecuarista está acordando para o valor da genética baseado naquele tripé: é o custo mais baixo que ele pode ter dentro da propriedade, é um insumo permanente – uma vez colocados os genes de qualidade dentro do rebanho, eles vão atuar em todas as gerações – e o terceiro ponto é que o melhoramento genético atua nas duas pontas, tanto na ponta do aumento da produtividade quanto na ponta da redução de custo, quando você trabalha precocidade, fertilidade, eficiência alimentar, por exemplo”, justificou.

“Melhoramento genético em alta no Brasil, uma resposta ótima para o aumento da sustentabilidade da pecuária de corte e de leite. Para a mesma área utilizada, nós vamos produzir três a quatro vezes mais carne e leite do que produzimos hoje. São notícias que nos enchem de orgulho e nos fazem prever um futuro brilhante para a pecuária de corte e de leite no Brasil”, concluiu Nery.

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