Metarhizium anisopliae para o controle de cigarrinha-das-pastagens (Deois flavopicta)

Fonte JCO

A atividade pecuarista brasileira é de suma importância para economia nacional, a adoção de tecnologias propiciou uma modernização trazendo incrementos da produção e produtividade. Pesquisas nas áreas da genética, confinamentos ou pastagens e no controle de pragas e doenças favoreceram nas tomadas de decisões sobre novas técnicas e tecnologias. Quando se fala sobre pastagens, é importante saber que esse é um sistema de produção, onde as práticas de manejo e de utilização da forragem representam grande parte da eficiência do sistema, entretanto pragas agrícolas podem prejudicar essa eficiência. Uma dessas pragas é a cigarrinha-das-pastagens, sendo essa uma das principais. Cigarrinhas-das-pastagens são insetos sugadores de seiva que pertencem a ordem Hemiptera e família Cercopidae. Esse inseto praga pode causar danos na sucção da seiva (xilema) como também injetando secreções salivares no tecido vegetal. Esses danos, tanto na parte aérea como na inoculação salivar, interrompem a atividade fotossintética da planta, causando lesões necróticas que se espalham longitudinalmente em direção ao ápice da folha além de deixarem as plantas com baixa palatividade sendo rejeitado pelos animais causando redução da produção de carne e leite. As plantas afetadas pela praga ficam com coloração amarelada, como se as folhas tivessem sido queimadas, podendo ainda afetar a produção e a qualidade do pasto, diminuindo o teor de proteínas e outros nutrientes.

O ciclo de vida da cigarrinha-das-pastagens dura, em média, 50 dias, passando por diferentes fases durante seu ciclo. Fêmeas adultas fazem a postura dos ovos na base das plantas próximo ao solo, os ovos apresentam coloração amarelado e formato alongado, tendo um período de incubação que varia dependendo da espécie, podendo durar entre 14 e 200 dias, eles podem apresentar um tipo de dormência que os protegem contra o ressecamento durante os períodos mais secos, eclodindo no início das chuvas. Durante sua fase de ninfas (coloração amarela) as cigarrinhas se alimentam da base das plantas e das raízes superficiais e como estratégia de proteção contra os períodos secos, produzem uma espuma branca (Figura 1). Já os adultos, principais causadores dos danos, são encontrados na parte aérea. Altas temperaturas e elevada umidade aceleram o desenvolvimento do inseto praga, sendo a ocorrência de novas gerações dependente das condições climáticas.

Existem diferentes tipos de cigarrinhas-das-pastagens e cigarrinhas-das-raízes no Brasil, sendo as mais comuns: Deois flavopicta (Cigarrinha-das-pastagens), Mahanarva fimbriolata (Cigarrinha-das-raízes), Zulia entreriana (Cigarrinha-das-raízes), Notozulia entreriana (Cigarrinha-das-pastagens). Uma alternativa para o manejo dessa importante praga, que são as cigarrinhas-das-pastagens, é o uso de produtos biológicos, os conhecidos Bioinsumos, como o produto a base do fungo.

Figura 1 – Espuma produzida pela cigarrinha-das-pastagens (Deois flavopicta).

Fonte: JCO Biprodutos

Figura 2 – Placa de petri colonizada pelo fungo Metarhizium anisopliae

Fonte: JCO Biprodutos

Figura 3 – Cigarrinha-das-pastagens colonizada pelo Metarhizium anisopliae

Fonte: JCO Biprodutos

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