Leilões de gado movimento a economia no Oeste da Bahia em ano de pandemia

Em um ano atípico como o de 2020, em que a pandemia gerada pelo Coronavírus, atravancou diversos setores da economia nacional, o agronegócio tem dado mostra de que, graças ao seu desempenho, é um dos principais itens que tem mantido a balança comercial brasileira no positivo.

Mesmo com as restrições impostas pelos governantes para tentar conter a onda de contaminação pelo Covid-19 o setor pecuário do Oeste da Bahia tem realizado diversos leilões virtuais que tem ajudado a movimentar a economia regional.

Em 2020 os criadores do Oeste do Estado ofertaram animais em leilões como: Leilão de Gado das Fazendas Caiçara e Lagoinha (Angical/Fev. 2020), Leilão Virtual Fazendas Japaranduba (Muquém do São Francisco/Jul. 2020), Leilão Virtual Agropecuária Jacarezinho (Cotegipe/Jul. 2020) e mais recentemente o Leilão de Liquidação de Plantel da Fazenda Agroeste (Mansidão/Nov. 2020) e Leilão da PGP da Agropastoril Antonio Balbino (Barreiras/Nov. 2020).

Em todos os leilões, os organizadores tiveram 100% de liquidez, com venda de todos os lotes ofertados.
O 37º Leilão de Touros Reserva Elite Jacarezinho, transmitido pelo Canal do Boi e tendo como leiloeira oficial a Central Leilões, ofertou o que tem de melhor em Touros Reserva Elite.

Em função do mercado por touros avaliados e provados estar bastante demandado, em franca expansão, não se podia esperar outra coisa do que sucesso total do Leilão da Agropecuária Jacarezinho.

Segundo Rafael Zonzini, gerente comercial da Jacarezinho na Bahia foram comercializados 180 touros reserva safra 17, obtendo uma média de R18.500,00 por animal. Já os quatro Touros teste de Progênie, a média foi de R$98.950,00. O sucesso ficou comprovado tanto na média obtida por animal, bem como a participação de clientes de vários estados brasileiros. “Os animais ofertados no 37º Leilão Jacarezinho foram vendidos para 43 clientes em dez estados do país”, concluiu Rafael.

Já o 55º Leilão da Fazenda Japaranduba, localizada no município de Muquém do São Francisco, os compradores tiveram à disposição 200 animais, sendo metade Nelore Mocho e a outra metade Nelore Padrão, todos com os exames andrológicos aferidos, com idade entre 24 e 30 meses. Além disso, os interessados adquiriram lotes individuas, considerados destaques, capazes de repassar genética PO.

Claudio Paranhos, da Fazenda Japaranduba, acredita que a pecuária, apesar da crise por que passamos, está num bom momento, com mercado aquecido. “Os preços da arroba estão num bom patamar, a reposição de bezerros e bezerras está muito cara, com uma valorização bem expressiva do setor de corte. Temos observados que essas valorizações, da arroba e reposição, está repercutindo positivamente no mercado de genética”, ressaltou o criador, afirmando ainda que os negócios realizados até agora tem trazido uma grande procura por Touros e isso tem uma lógica: quanto melhor o bezerro, mais caro ele é.

Quanto ao Leilão de Liquidação de Plantel da Fazenda Agroeste, do pecuarista e empresário Adelar Geller, o sucesso de vendas foi total. Foram ofertados 240 animais PO. “Dos 240 animais, 128 foram adquiridos por criadores do Oeste da Bahia e o restante repassados para pecuaristas de outros estado do Brasil”, disse Adelar, reforçando que a média dos bezerros com menos de um ano ficou em torno de R$ 7.500,00, as bezerras em R$ 7.700,00, animais sobre ano (novilhas vazias) média de R$ 10.100,00, (garrotes) média de R$ 10.200,00, (touros) média de R$ 12.500,00, (vacas prenhes) média superior a R$ 11.00,00.

“O que destaco, é que apesar do leilão ter sido transmitido para o Brasil inteiro, mais da metade dos animais ficaram com criadores aqui do Oeste”, comemorou o criador.

O último leilão realizado em 2020 aqui no Oeste da Bahia foi o 15º Leilão Virtual da Prova de Ganho em Peso a Pasto (PGP) da Agropastoril Antonio Balbino.

De acordo com o pecuarista Antonio Balbino de Carvalho Neto, o Leilão da PGP superou todas as expectativas. “Foi um evento excepcional, apesar das dificuldades de mostrar os animais presencialmente. o Faturamento foi 127% acima do ano passado com a mesma quantidade e tipo de animais”, falou o proprietário.

A média ficou bem interessante, sendo que Touros vendidos individualmente saíram em média por R$ 20.000,00 e em lotes média de R$ 16.700,00. Vacas Nelore PO saíram por R$ 14.000,00 de média. No leilão ainda foram vendidos 200 touros e 50 matrizes, registrando um faturamento superior a 4 milhões de reais.

“Foi muito vibrante a transmissão, pois os lotes foram todos bem disputados, com vendas para várias regiões, mas com boa predominância de aquisições na Bahia e a região de Angical participou de forma expressiva, com 34 animais vendidos para criadores daquele município”, disse Balbino.

Saíram rotas de entrega de animais para Mato Grosso, Tocantins, Goiás, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Maranhão, Piauí e Pará.

Balbino ressaltou que os valores de Touros variaram de 13 à 30 mil reais, e as fêmeas de 12 à 17 mil reais.
A comercialização de animais para outros estados do país, comprova mais uma vez que os animais produzidos nas fazendas do Oeste da Bahia, possuem uma genética superior e competem em pé de igualdade com animais gerados em outras regiões tradicionais na criação de bovino. Estão de parabéns todos os pecuaristas que, ano a após ano, tem investido na melhoria de seus rebanhos.

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