Exclusiva Redação Uagro
O IFC, braço privado do Banco Mundial, e o Carbon Trust, consultoria internacional de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEEs), assinaram memorando de entendimento para promover boas práticas ao longo da cadeia produtiva da bovinocultura no Brasil.
Segundo os parceiros, o objetivo da iniciativa é aumentar a eficiência dos elos do setor, com foco na diminuição das emissões de GEE ao longo da cadeia da carne bovina, que atualmente é responsável por mais de 40% das emissões brasileiras, sejam elas diretas e/ou indiretas.
O esforço prevê o desenvolvimento de um programa piloto que, ao longo de cinco anos, pretende recuperar 200 mil hectares de pastagens degradadas, bem como promover o acesso de frigoríficos, empresas de transporte e varejo a novas tecnologias que possam evitar a emissão de aproximadamente 16 milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera, de acordo com cálculos do IFC e Carbon Trust.
O escopo da ação inclui, ainda, o desenvolvimento de uma abordagem mais objetiva para a medição dos impactos climáticos dos investimentos do IFC na indústria pecuária como um todo. Isso decorre do fato de que, em setembro de 2016, o IFC definiu que seus investimentos no setor agropecuário deverão seguir princípios de agricultura sustentável, necessitando assim de uma metodologia simples e prática para efetivamente medir os impactos dos recursos que serão aplicados.
A pecuária é um dos três setores prioritários para investimentos do IFC nos próximos anos, com grande potencial para mitigar emissões de GEE. “A crescente população global e renda per capita está acelerando a demanda por proteína animal, principalmente em países emergentes. O aumento de produtividade e eficiência na produção agropecuária será, portanto, crítico para controlar as emissões de GEE destes setores”, ressalta a co-diretora de manufatura global, agronegócios e serviços do IFC, Alzbeta Klein.
