Eficiência de ordenha: como identificar problemas e evoluir no manejo

Fonte Milkpoint

A eficiência de ordenha é a porcentagem de tempo em que o leite está fluindo próximo ao máximo quando a unidade de ordenha está acoplada.

Se uma unidade de ordenha for acoplada por 5 minutos durante a ordenha e ocorrer um forte fluxo de leite por 4 minutos e 45 segundos, sua eficiência de ordenha é de 95% (285/300 segundos).

Quando o leite não está fluindo enquanto a unidade está conectada, isso não é apenas ineficiente, mas, mais importante, pode levar a um alto vácuo, o que danifica o tecido do teto e, portanto, aumenta o risco de mastite e diminui a produção de leite.

Existem dois problemas principais que levam à baixa eficiência da ordenha: rotinas de ordenha que resultam em atraso na descida do leite (descida bimodal do leite) e excesso de ordenha.

Qualquer um desses problemas pode deixar as vacas “secas” por um período de tempo e expor os tetos a altos níveis de vácuo. Os produtores devem definir metas de rebanho para a eficiência da ordenha para ajudar a aumentar a conscientização desse conceito para produtores e gestores de fazendas leiteiras.

Baixo fluxo é esperado

É quase impossível para uma vaca estar em pleno fluxo de leite 100% do tempo em que a unidade de ordenha está acoplada. Um pequeno atraso no fluxo de leite após a fixação da unidade ocorre frequentemente. Além disso, dependendo das configurações de fluxo terminal e atraso no desligamento automático, as unidades permanecerão acopladas por breves períodos de baixo fluxo de leite ao final da ordenha. Além de que a descida do leite varia entre as vacas, apesar dos protocolos de ordenha consistentes.

Assim, vacas recém-paridas, novilhas nervosas ou vacas em estro podem se desviar da média. No entanto, se uma boa preparação para a ordenha for combinada com a remoção oportuna do equipamento, a maioria das vacas será exposta apenas a breves períodos de alto vácuo na câmara do bocal (o vácuo que envolve o teto) durante a ordenha.

O estudo mostrou que a eficiência média de ordenha em todos os rebanhos foi de cerca de 78%, ou seja, as vacas em um rebanho típico estão em alto fluxo de leite por apenas 78% do tempo em que a unidade de ordenha está conectada.

Os 25% inferiores dos rebanhos tiveram uma eficiência de ordenha de 72% ou menos, os 25% superiores dos rebanhos 86% ou mais. Os 10% melhores tiveram uma eficiência de ordenha de quase 90% ou mais.

Assim, esses rebanhos com desempenho superior servem como indicadores do que se pode esperar quando a descida do leite ocorre no momento certo e de forma consistente e quando a remoção do equipamento é feita corretamente no final da ordenha.

Identificando problemas

A eficiência de ordenha é mais do que uma pontuação e tem um papel muito mais importante, que é o de chamar a atenção para possíveis oportunidades de melhorar a saúde dos tetos, o controle da mastite e a produção de leite.

A exposição das vacas à descida do leite bimodal e à sobreordenha varia entre os rebanhos. Se a eficiência da ordenha for baixa (<80%), isso sugere que as práticas de ordenha, antes e no final da ordenha, bem como a função do equipamento, devem ser revisadas e avaliadas.

Não é preciso ter equipamentos específicos de análise de ordenha para se ter uma ideia sobre os possíveis problemas na dinâmica da ordenha. Basta observar o leite fluir para a unidade após a colocação e observar os tetos em busca de sinais, como a presença de anéis ou uma descoloração após as unidades se soltarem. Isso pode se tornar uma rotina tanto quanto o procedimento de verificar se houve cobertura completa com germicida após a ordenha.

Os principais rebanhos atingem o objetivo ideal da ordenha mecânica – o conjunto é conectado apenas enquanto o leite está fluindo, o que otimiza a saúde das tetas e do úbere, bem como a coleta do leite.

E na sua propriedade, quais são seus objetivos de eficiência da ordenha?

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