Brachiaria Dunamis dá início à terceira revolução no setor

As brachiarias são plantas forrageiras amplamente utilizadas em pastagens para o gado. Elas são conhecidas de maneira geral por sua rusticidade e facilidade no manejo. No entanto, o cultivo desses vegetais pode apresentar desafios em algumas regiões, devido a fatores como pragas, falta de nutrientes e variações climáticas extremas. Nesse sentido, a escolha adequada da variedade de brachiaria para plantação torna-se fundamental para garantir a qualidade das pastagens e a saúde do gado.

Especialistas explicam que, no início da década de 1970, a introdução da brachiaria Decumbens representou uma verdadeira revolução nos pastos do cerrado brasileiro, possibilitando a abertura de novas áreas. No entanto, as pastagens passaram a sofrer com ataques de cigarrinha. A partir de 1984, a chegada da brachiaria Marandu desencadeou uma segunda revolução no setor, proporcionando maior resistência às pragas. Contudo, essa variedade, que se tornou dominante no Brasil, trouxe outros desafios, já que ela perdeu excelentes características contidas nos pastos de Decumbens, como a adaptabilidade a solos mais ácidos, resistência à seca e a presença de estolões que enraízam no solo e realizam ótima cobertura de solo.

Essas dificuldades, no entanto, já podem ser solucionadas graças à brachiaria híbrida Dunamis, protagonista da terceira revolução no setor. A planta é um híbrido resultado do cruzamento entre Decumbens e Marandu, sendo capaz de oferecer ao produtor as melhores qualidades dessas duas variedades.

A principal característica da Dunamis, é a presença dos estolões que enraízam no solo. Esses estolões existem na Decumbens, mas estão ausentes na Marandu, que é atualmente a brachiaria mais plantada no mundo. Devido a essa característica, a Dunamis pode facilitar a cobertura do solo, diminuir a degradação da área plantada e aumentar a longevidade do pasto, consequentemente melhorando a produtividade, a sustentabilidade e a lucratividade para o pecuarista. Ela apresenta, ainda, outras vantagens em relação às demais brachiarias, tais como:

Crescimento inicial muito superior ao da Marandu e da Decumbens;
Resistência à cigarrinha das pastagens;
Fácil adaptação a solos de baixa fertilidade (pH 4,8 a 5,5), solos arenosos e terrenos com alta declividade;
Melhor controle de erosões;
Maior tolerância à seca se comparada à Marandu;
Boa tolerância a períodos curtos de encharcamento do solo (15 a 30 dias) se comparada à Marandu (3 a 6 dias);
Tolerância a Rhizoctonia (um dos fungos causadores da morte súbita das brachiarias);
Facilidade de plantio em covas em solo arenoso e sem correção;
Teores de proteína bruta e digestibilidade superiores aos da Marandu.

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