Bahia inicia 1ª etapa de vacinação contra Febre Aftosa

Com informações da Ascom Adab

Iniciou hoje, 01, e vai até o próximo dia 31 de maio, a 1ª etapa da campanha de vacinação contra a Febre Aftosa 2023 na Bahia. Neste período os rebanhos bovino e bubalino, de todas as idades, devem ser imunizados contra a doença. A meta do Estado é atingir 100% de cobertura vacinal, alcançando as R$ 12,5 milhões de cabeças que compõem o plantel no Estado. Na última etapa, em novembro de 2022, o índice chegou a 91,6%. A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão responsável pela fiscalização, lembra ainda a importância de o produtor fazer a geolocalização, que já envolveu 80% das 290 mil propriedades rurais com criação na Bahia.

O Oeste da Bahia, com um rebanho estimado em 2,2 milhões de cabeças, registra atualmente aproximadamente 78% das propriedades rurais georeferrenciadas.

O Brasil tem o maior rebanho comercial do mundo, com 222 milhões de animais e é o maior exportador mundial de carne bovina. A Bahia tem o 7º maior rebanho nacional e sua inserção nos grandes mercados vai movimentar toda a cadeia produtiva, desde o pequeno agricultor familiar até os produtores do agronegócio. Mas, para isso, ainda é preciso imunizar todo o rebanho, declarar a vacinação e geolocalizar as propriedades.

Nas últimas décadas o Brasil tem se consolidado como uma das maiores potências agropecuárias mundiais, sendo superado apenas por Estados Unidos e União Européia na exportação de alimentos, conforme dados da Organização Mundial do Comércio (OMC). Segundo a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), os principais indicadores econômicos apontam que a atividade agropecuária no Brasil é responsável pela geração de 28% do Produto Interno Bruto (PIB), com participação maior que 30% nas exportações brasileiras e 24% na geração de postos de trabalho entre a população economicamente ativa no país. Na Bahia esse valor correspondeu, em 2022, a 25% do PIB. Desse modo a ocorrência de Febre Aftosa traz grave retração da economia ao país e ao estado, pois, a Bahia figura entre os principais produtores e exportadores de grãos e frutas do Brasil.

A ocorrência da Febre Aftosa impede a comercialização interna e a exportações dos animais e sub produtos, desvaloriza preço da arroba, provoca desemprego no setor frigorífico, impede a comercialização de outros produtos, como o farelo de soja, frutas, carne de frango e suína, além de grande impacto social e econômico.

Na avaliação do Coordenador do Programa Nacional de Controle e Vigilância para a Febre Aftosa na Bahia (PNEFA), José Neder, apesar de os produtores vacinarem seus rebanhos desde 1968, ainda é preciso avançar mais. “Temos que vacinar 100% dos bovinos e bubalinos para que, em breve, a obrigatoriedade da vacinação seja suprimida com segurança, como ocorreu em outras unidades da Federação. Este será um grande passo para o setor e um marco histórico para a Bahia”, avalia Neder, afirmando que com o status de Zona Livre de Aftosa Sem Vacinação haverá um ganho da ordem direta de R$ 54 milhões sem a compra de vacinas pelos produtores e a agropecuária baiana entrará em uma nova fase de desenvolvimento.

  • Compartilhe:

© Copyright - Todos os direitos reservados - Acrioeste 2024